Repara primeiro no movimento do tear. Os fios uniam-se,
as cores ficaram ordenadas, nos sítios precisos deram-se
os nós. Sempre foi meticuloso este trabalho. O tecido cresce
em nossa direcção. Um rumor acaba nele mesmo
por se perder. Às vezes oscila como se o vento
existisse à sua volta. Mas não. O seu peso
imobiliza-o; por isso é que nele há um desenho. Talvez
sejam as mãos de quem agora o está a tecer. |