No mais, toda a beleza cansa
Com a imperfeição do tempo
Na hora violeta que fecha o horizonte.
A tua mão cadente,
Os teus lábios dormentes,
As nuvens raras do verão
Que riscam uma intempérie.
O teu silêncio é a curva onde me perdes
E num recorte nítido
O nome das coisas impõe a tua sombra
E traz o deserto,
O lamento que sob o toldo
Desta esplanada acompanha
O último crepúsculo do verão.
No mais, toda a beleza é sonho
De perfeição desnecessária à estupidez
Humana, porque se dela nos salvasse,
E da mentira, a paixão nunca seria solitária. |