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A manhã estática parada
Entre o Tejo azul e a Torre branca
Que branca e barroca sobe das águas

Manhã acesa de silêncio e louvor
Na breve primavera violenta
Assim a minha vida que era calma

De repente se tornou ânsia e saudade

Mas a brisa da varanda é doce e suave
Um pássaro canta porque alguém regou

 

Maio de 2000

Sophia de Mello
Breyner Andresen
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Relâmpago nº6

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