Ele e ela aportam à ilha, espera-os um amigo.
No cais, ela afasta-se do barco. Olham-na.
O tempo da viagem é, como tantos, outro
ainda: a palavra é absoluto, como quando
se navega à noite, confiando na destreza
alheia que secretamente cremos ser nossa.
As águas mudam, muda o nosso amor. O
teu e o meu. Ser e vontade, dás-me a mão
que é História, minha e tua e presente.
Vejamos ruínas, novidades, segredos, sem
indagar quem vai e quem fica, chega mostrar
aquela mesma confiança, porque desse
engodo depende todo o engano, e de todo o
engano depende que as coisas sejam assim.
E contudo. Voltas-te para trás, o sol incide
no lado direito da tua cara, sorris. Chamas
pelo meu nome, e qualquer saber e técnica
se perdem quando demasiado iluminados. |