e gente em esquinas e degraus e sobre telhas quebradiças
em cerimónias de propagação de pânico nas palavras
em morros e quintais pedregosos onde se exercitam canduras
descabidas com varetas e instrumentos rombos e há motores
que não movem nada e se inventam antídotos para o fim
misturando cuspo e cansaço e comoção em baldes e se desiste
de ter os pés assentes e se pega na mota e se atravessa clareiras
e se vai até varandas para ficar de vigia às danças rotativas
dos que há anos suspenderam a respiração. Segue-se depois
até ao cais audível mastigando musas e longes e pelas ruas
deslizantes de lâmpadas e algumas plantas e gente perdida
a extrair virtudes impacientes do impasse. Tudo isto.
Ouves as rodas dentadas nas bocas felizes?
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