Outro dia
no centro cinza de uma tarde útil qualquer
viva como outras como eu
recebi de dentro do telefone celular a nova
da passagem
da partida
de um velho cão
e a morte com a preguiça costumeira ganhou
a tarde com seu cinza-prata fosco
cor de deslumbrar os olhos
A morte vence por um W.O. sem peças nem
material esportivo que lhe baste
Hoje a morte é ainda a morte
é de manhã e masco versos como rios de deitar a água
e
coisa de agarrar
a distância é visível porque tenho olhos e
se é perto é longe e se é longe é pergunta e alegria
Muito falta mas
por presença pura
está ganho sem disputa o agora dia |