U N A OV
O C E OP O C A OF
AO . . .
Cada um tem
a sua diferença as mesmas
perguntas de sempre, as mesmas palavras
que desalinhavam do sorriso
o último beijo, restos, impropérios
comuns à passagem do tempo.
Que mais posso
prometer?
Ao ficar a ver esta paisagem as dúvidas
sobre a permanência de alguém na vida
de outro causam embaraço
e desejos de uma vida feliz sem
remetente num aerograma selado com
o lacre da indiferença.
Cada um está
por si. Nos bares, no metro,
no terrífico incêndio de não amar.
O aniz escarchado, a cerveja, a vodka
prometem uma abrupta mudança
nos planos e mais falsas ainda soam
as verdades.
Como aprendeste,
fácil só a merda.