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O número 7 da revista Relâmpago é dedicado à poesia brasileira actual.

Com a morte de João Cabral de Melo Neto pode dizer-se que se fechou um ciclo associado ao forte impacto que alguns nomes da poesia brasileira contemporânea tiveram entre os leitores portugueses; lembremo-nos de Cecília Meireles, Manuel Bandeira, Jorge de Lima, Murilo Mendes ou Carlos Drummond de Andrade. Hoje a distância e o desencontro entre as literaturas portuguesa e brasileira são reais. A despeito de tantos acordos no papel, a difícil circulação de bens culturais contribui para que a situação de mútuo desconhecimento se agrave. No presente ano, mercê de data comemorativa, tem-se observado em Portugal uma atenção maior àquilo que literariamente se produz no Brasil, o que vem alargar um pouco a perspectiva.

Com este número de Relâmpago não se pretendem quaisquer propósitos panorâmicos ou antológicos nas duas secções que integram o dossier (ensaio e poesia). Vão encontrar-se textos que se debruçam sobre dois nomes consagrados da actual poesia brasileira: Ferreira Gullar e Adélia Prado; seguem-se duas visões de conjunto e uma leitura de alguns poetas dos anos 90. A secção de poemas inéditos procura dar a conhecer, de um modo aberto e plural, algumas vozes expressivas da poesia que se escreve no Brasil de hoje.

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